- Espelho esférico é toda e qualquer superfície espelhada (refletora), na forma de uma calota esférica. O espelho esférico pode ser côncavo ou convexo, dependendo da face onde se encontra a superfície refletora. Se a parte espelhada for interna, o espelho chama-se côncavo e se a parte espelhada for externa, então o espelho é convexo.
Nos deparamos diariamente com diversas situações em que o uso de um espelho se faz necessário, seja ele usado no retrovisor do carro, quando vamos pentear os cabelos, no elevador, etc. Vamos explicar agora, como é o uso em algumas dessas situações em que são usados os espelhos esféricos.
Uso de espelhos em telescópios: Um
espelho primário côncavo é aferido por meio de um aparelho chamado " banco
de Foucault ". Este aparelho possui uma fonte de luz (lâmpada) e uma rede
de difração (usada para o chamado teste de Ronchi). A luz atravessa uma fenda e
um feixe de luz é enviado para o espelho. O aparelho (banco de Foucault) é
colocado sempre nas proximidades do raio de curvatura do espelho que
corresponde ao dobro do valor da distância focal. O espelho reflete então a luz
( que passou pela fenda ) e chega até a rede de difração. Logo atrás da rede o
observador aproxima seu olho para fazer a análise da superfície óptica.
Espelhos utilizados por dentistas: Os dentistas, para poder
enxergar melhor os dentes de seus pacientes, utilizam espelhos côncavos. O
dentista aproxima o espelho da boca do paciente, o resultado será uma imagem
virtual, ampliada e direta para melhor nitidez e visualização dos dentes do
paciente.
Uso de espelhos no farol de um
carro: O farol do carro é construído com dois espelhos côncavos associados, a
fim de se obter um feixe paralelo de luz, com alta eficiência no aproveitamento
da luz emitida por um pequeno filamento aquecido. O filamento deve ser
posicionado no foco do espelho E1. A luz emitida para o lado do
espelho E1 sairá praticamente como um feixe paralelo ao eixo
principal do cojunto. A luz emitida para o lado oposto atingirá em parte o
espelho E2. Este espelho deve ser posicionado de forma que o seu
centro de curvatura coincida com a posição do filamento. Assim sendo, a luz
dirigida para o espelho E2 será refletida de volta para o espelho E1,
passando pelo foco deste último. Dessa forma, o raio refletido em E1
sairá também paralelamente ao eixo principal.
Obviamente,
o filamento deve ser pequeno comparado com o espelho E1 e o espelho
E2 deve ser menor do que o
outro. Espelhos não esféricos são frequentemente usados a fim de melhorar a
eficiência.

Espelhos como fonte de producao de fogo: existe uma historia na qual o rei Hierão II de Siracusa, tinha uma preocupação constante quanto à proteção da sua cidade contra as ameaças de invasão por parte dos romanos, que na época eram feitas por via marítima. Resolveu então contratar o inventor, físico, matemático, filósofo e engenheiro Arquimedes para projetar e construir dispositivos de guerra e impedir os ataques romanos.
Segundo as escritas, simples grandes espelhos côncavos foram as
armas usadas por Arquimedes. O objetivo dos espelhos era fazer convergir os
raios solares sobre determinados pontos, os alvos que no caso eram os barcos
romanos, concentrando a luz solar nesses pontos e causando uma grande elevação
de temperatura e consequente incêndio.
Em 1973, diante das controvérsias apresentadas, um engenheiro
grego resolveu reproduzir a façanha de Arquimedes. O objetivo era confirmar a
possibilidade de ter mesmo ocorrido o episódio do incêndio dos navios. Colocou
70 espelhos planos de 1,5 m x 1,0 m, dispostos em semi-círculo, que
funcionariam juntos como um espelho convergente, de modo a fazerem convergir os
raios solares sobre um barco de madeira situado a 50 metros da costa. Em um dia
ensolarado, o engenheiro conseguiu, em poucos minutos, incendiar o barco.
Alunos: João Pedro (3211) e Juliana Soares (4424)
Turma: 203



